28 de junho de 2010

Só.


Eu queria sentir o toque da sua mão no meu rosto, uma vez já bastaria, para eu jamais esquecer...
Isso nunca aconteceu, talvez nunca acontecesse, mesmo....
Mas a lembrança do que nem ocorreu permanece em mim.
Eu não entendo a razão disso tudo, parece tão cruel, tão irônico, mexe tanto com meus pensamentos, mexe tanto com as minhas lágrimas de sangue.
Eu posso ouvir a sua voz, e mesmo sem você saber, conversamos...
Por que você nunca descumpriu promessas, somente a nossa?
Eu esperaria tanto tempo por um único beijo, um único abraço, um único toque, um único olhar cara a cara teu...
E mesmo com tudo que nos separa, e o silêncio que me machuca, eu ainda penso em você.
Hoje é o típico dia que penso em “nós” e percebo o quão só fiquei...

25 de junho de 2010

Quantas vezes...


Quantas vezes você já se sentiu solitário? E quantas delas você percebeu que não estava?
Quantas vezes você chorou sozinho? E quantas vezes você chorou na frente de alguém?
Quantas vezes você disse Adeus querendo dizer tchau? E quantas vezes nenhum dos dois você deu?
Como você poderia adivinhar que tudo seria assim? E como aceitar o inaceitável?
Como crer no impossível se nem no possível você crê?
E como querer ir ao infinito se você não dá o primeiro passo no próprio finito?
Como querer cantar e ficar de boca fechada?
E ver de olhos cerrados?
Como batalhar deitado? E viver reprimido?
Como saber o certo e o errado? E saber o que é mal e o que é bem?
Como saber não desistir e ser forte? E como não saber a ser fraco e deixar tudo p/ lá?
Ás vezes eu só quero saber o porquê, simplesmente isso... Mas muitas vezes desses “às vezes” são tão simples que se tornam complicados.

22 de junho de 2010

Lua em dia claro


Neblina. Madeira. Folhas secas. Solidão.
Você já viu a lua em dia claro?
E o céu escuro às dez horas da manhã?
Caixinhas viram casas e mesas estão no lado de fora.
As rosas estão mais rosas, as laranjas mais laranjas e o céu está celeste.
Irá chover e eu me importo, eu me sinto melhor com a chuva...
Eu não sei como parei aqui, mas não quero sair.

Mais que aqui


Gotas de chuva correndo pela janela do carro em movimento me alegram
O ar longe da pacata cidade parece tão mais puro
E como me alegram os vários tons de verde dos eucaliptos na estrada...
As nuvens estão mais brancas esta manhã e me trouxeram paz
O lugar é diferente, mas eu já estive aqui antes...
Dormi tranquilamente, ao som dos mios e dos barulhos das motos que me motivaram a sonhar, eu sorrio e não quero parar.
Por que a grama daqui é mais verde?
E por que a chuva aqui tem hora p/ descansar?
Por que as plantas são mais vivas?
E as cadeiras só servem p/ enfeitar?
Aqui o frio é mais frio, é mais isso e mais aquilo.
O degrau onde sentei não é o mesmo de segunda-feira.
E a lareira me aconchega, chega, chega...

21 de junho de 2010

Estrelas.


Minhas estrelas são diferentes das tuas...
Em pleno dia claro elas me vêem, nós nos comunicamos.
O que você pensa que pode ser isso?
É tão intenso, impossível controlar, e eu nem quero.
Minhas estrelas brilham tanto para mim, elas fazem meu corpo flutuar nas madrugadas.
Eu durmo tão tranqüila agora, as coisas sempre mudando, nós sempre mudando, tudo sempre mudando, mas as estrelas sempre estão lá, mesmo elas sendo diferentes das tuas...
E eu poderia pedir p/ você me destruir, as estrelas vão me proteger.
O que você pensa que pode ser isso?
Eu só quero o amor das estrelas, a proteção das estrelas, eu quero continuar tranqüila, dormir do meu jeito desengonçado, fechar os olhos, tentar contar estrelas que mal vejo pela janela...
Eu só quero dormir contando estrelas imaginárias, acordar vendo estrelas e continuar na cama tranqüila, eu quero ser exatamente quem tenho sido ultimamente, mesmo que eu tenha mudado a cada dia, tenho mudado para melhor, minhas atitudes têm me guiado ao caminho das estrelas...

15 de junho de 2010

Coisas que eu preciso


Será que existe alma?
Acho que sim, às vezes eu sinto um vazio imenso...
Você pode preenchê-lo?
Por favor, diga que sim, preencha esse vazio, preencha-me.
Eu sei que você está longe do meu alcance. Posso sonhar com você? 
Eu sonho que estou caindo, e quando acordo na cama vazia, abraço meu travesseiro.
Eu quero, eu preciso sonhar com você.
Será que existe amor?
Acho que sim,  às vezes sinto um vazio imenso.
Você pode me dar amor?
Por favor, diga que sim, me dê amor, me dê uma alma preenchida...
Eu sei, eu sei que você é o remédio para todos os meus problemas pessoais.
Eu sei, eu sei que você é a cura para todos os meus problemas espirituais.
Será que você existe?
Acho que sim, todos os dias eu sinto você aqui, mas você não está.
Você pode me dar você?
Por favor, diga que sim, me dê você, me dê um pouquinho de você...
Eu sei, eu sei... Há coisas que eu preciso que somente você pode me dar.




14 de junho de 2010


Perco-me.

Perco-me no labirinto que teus olhos formam até mim.
Perco-me no labirinto que tuas palavras formam até mim.
Perco-me no labirinto de não entender quem somos.
E perco-me cada vez que penso em parar de sonhar.
Perco-me no labirinto dos problemas, e desesperanças.
Perco-me ao caminhar na ponte de decifrar pensamentos teus.
Não limpo a sala se você entrar. Não busco nuvens se você não quer.
Tudo gira ao teu redor, e eu odeio isso. Odeio demasiadamente.
O tempo mostrou-me subitamente algumas verdades, na realidade ele esfregou tudo na minha cara hoje.
Acreditar em frases como “aproveite cada segundo” ou “vida cada dia como se fosse o último” é bobagem.
E minha bagagem está cheia de coisas indecifráveis.
Perco-me em labirintos e pontes tuas e não sei para onde vou.

Jeitos de explicações: Inexistentes.


Sim, é isso mesmo, não consigo explicar-me, cada vez que tento tudo se complica mais e mais.
Eu faço coisas, mas não as explico, não consigo, não há jeitos de explicações...
A flor caiu, o fruto nasceu podre.
O passado continua sentado no último degrau da escada.
O presente ninguém desembrulhou.
O futuro morreu, não chegou, demorou demais. Foi isso?
Passado, presente, futuro, uma metamorfose... Estou começando a entender.
O futuro nunca morre, está em coma, guardou-se em uma caixa, está dentro dela, esqueci de abri-la... Meu presente, eu não abri, logo após virou um tecido velho, imundo, mas o passei.
O futuro era um presente que está passado.

12 de junho de 2010


Dia dos namorados.
Todo mundo gastando dinheiro, muitas pessoas comprando o amor... Tudo isso não passa de dinheiro sujo. Homens que traem suas “amadas” compram presentes e elas, elas aceitam, por que um anel é mais bonito do que a triste verdade. Mulheres que farão um jantar “inesquecível” para mostrar que os amam, enquanto pensam em outro. Hoje, dia dos namorados. É só um dia para se gastar dinheiro, lojas e mais lojas estão lucrando. E você contribuindo? Vou falar o que é amor, o que é dia dos namorados: É fazer um piquenique só os dois, é querer passar um bom tempo da sua vida com alguém que você ama, é dormir e acordar com ela nos pensamentos, e até se irritar com isso, pois você não controla...O dia dos namorados é você dar um beijo apaixonado em quem ama, é você dizer que ama, mesmo sabendo que amor não tem explicação. O dia dos namorados não é hoje, são todos os dias. São OS DIAS DOS NAMORADOS, são sempre. Se você ama, não demonstre isso hoje, demonstre isso a cada momento. 

7 de junho de 2010

Nos perdemos.


Nos perdemos. Você gostava das minhas canções de ninar? Nos perdemos. Meu riso te fazia feliz?
Nos perdemos. Sabe quando as cartas do baralho formam torres delicadas? Aquele castelo de cartas sob cartas? Assim era meu eu. Então estava tudo bem, e você derrubou tudo. Foi por querer? Nos perdemos. Anjo endemoninhado, nós nos perdemos. Eu queria pegar o mundo e por no lixo, só por que você está nele. Nos perdemos. Eu não sinto mais pena de mim, sinto pena de você. Nos perdemos. Por que apesar das minhas cartas terem caído, tudo para mim pode começar do zero. É, é o que eu mais quero. Nos perdemos, certo, cara? Errado. Você me perdeu.

6 de junho de 2010

Sopa de letrinhas


Escrevi tanta coisa que você nem leu.
Entre sopa de letrinhas queria que
Você decifrasse cada sentimento meu.
Eu olhei para o céu que disse que as coisas vão mudar
E mandou eu me acalmar.
Muitas vezes perdi coisas e pessoas, e não posso tê-las mais
Isso fere, rasga, amaldiçoa a alma, dói demais.
O balanço da pracinha está sozinho no domingo mais uma vez.
Talvez, talvez, talvez...
Talvez eu mude de opinião hoje ou amanhã.
Eu quero parar de chorar todo dia pela manhã.
Estranho é morrer todos os dias e continuar vivendo.
Morrendo e vivendo.
Minha mão está gelada nesta tarde de junho, o coração também.
Espero que tudo entre em seus conformes, hoje, amanhã, ou mês que vem.

Demonstrando sentimentos cabíveis em uma caixa de fósforo...

5 de junho de 2010

Blue

Tudo o que está na minha cabeça é imaginário essa noite.
Pensando no pensamento. Eu penso em pensar.
Já contei que me preocupei com o meu ex-futuro?
Preocupei-me demais.
Lembra daqueles meus planos e sonhos feitos de papel e que você não embrulhou e não pôs fora?
Não? Ah, sim, você os rasgou e deu-lhes ao ar.
O que foi que nós fizemos? O que foi que não fizemos?
Mutilando um ao outro, possuindo jeitos de destruição.
O céu é tão azul, é tudo tão azul, azul...
Mentiroso! Você é tão mentiroso.
Mas essa noite eu vou pensar em pensar, pensar no meu próprio bem.
Sou eu que dito as regras agora, não é você que me mantém.
O céu é tão azul, é tudo tão azul, azul...

4 de junho de 2010

Café

Meu café está no final.
Droga! Sobrou açúcar, excesso de doce.
E só pra não esquecer, estou ouvindo a música do seu rapper preferido, aquele que você tanto curtia.
Enquanto você curtia a música, eu longava* você.
Era algo sem medidas, sem limites. O ilimitado acabou.
Oh, não, você agora sente minha falta?
Vivi anos sem você, um ou dois contigo, quero viver muitos anos a mais sem você, sem você.


 *Longava é mais um neologismo antônimo, nesse textinho significa o contrário da gíria "curtir". 

3 de junho de 2010

Ela sabe.


Ela anda de um jeito desengonçado, um jeito sem jeito.
Faz tudo que tenha começo, meio e fim inesperados.
Anda meio insana. Mudou. Ficou meio assim, só, sal, sol.
Chamam ela de amarga, de salgada.
O que ninguém sabe-ela não deixa transparecer- é que sabia ser doce, mas a validade venceu.
Tipo boneca a pilha, mas a pilha já acabou.
Ela sabe inovar, mas quer ivelhar*.
Ela sabe se virar, mas quer ficar parada.
Ela sabe correr, mas prefere caminhar.
Sedentarismo, ironia, sarcasmo, insanidade.
Não quer chamar a atenção, diz que ela é surda.
Igual, convencional... Isso faz-lhe mal.
Ela é do tipo que gosta do incomum, às vezes até da dor.
Não é questão de ódio, nem de amor.
Ela somente mudou, e sente-se bem assim.
Diz que o eu não vive sem mim.


*Ivelhar é um neologismo, o sig. dele no texto seria o antônimo de inovar. :)

2 de junho de 2010

Percebi que...

... Minha felicidade não precisa de você para existir,
Você se tornou tão insignificante que praticamente nem existe,
E ela, ela não depende do inexistente, minha felicidade precisa de mim.
...Você não é o amor da minha vida, por que se fosse, estaria comigo agora,
E eu não preciso de você, você é desnecessário.
 ... Você me fez mais mal do que bem,
E ir embora foi a melhor coisa que você já fez.
... Quando eu dizia “eu não posso viver sem você” estava completamente errada,
E ao teu lado nunca vivi. Vegetei. Tentei fazer coisas só para te agradar, e esqueci-me de mim.
Agora sim vivo.
Mas não posso negar que ainda sofro... Por que você era um mal errado que me fazia um certo bem.

1 de junho de 2010

Olhos-Jabuticaba

Uma semana se passou, e eu já não me lembro do teu rosto. Essa dor deve ter cegado minha alma a partir do momento que você se foi.
O que eu sei é que, que eu me lembro do teu sorriso torto pra não rir alto nas madrugadas congelantes. Não me lembro do teu corpo, minha memória está falhando, ela não quer mais aceitar você.
Mas eu me lembro do teu cabelo crespo, aquele que eu adorava, e dos teus olhos-jabuticaba que pareciam brilhar mais que abajur em quarto escuro.
E meu espírito chorou, sim, meu espírito chorou...
Mas saiba que eu sou grata por isso, agora minha órbita não é você.
O tempo está passando, eu estou rindo e chorando, mas não lamentando, por que você fez exatamente o que fez antes, talvez até pior...
O quão estúpido você é? Agora eu estou sozinha, sem amor, que, aliás, acho que nunca tive, nunca tive um amor... Você sabe o quão estúpido você é?
Maio não foi meu melhor mês, agora é primeiro dia de junho, está frio, está igual a você, e isso me consome, me causa falta de ar, esse frio maldito e você me causam falta de ar.